terça-feira, junho 02, 2009

Factos conclusivos após estudo empírico sobre a maioria dos espécimes humanóides:

Ou
Manifesto anti-"o ser humano é naturalmente bom":


- Ninguém muda (muito menos a partir de certa idade);

- Só fazem o que querem; o que é bom para eles, o que lhes convém; é o reinado do egoísmo e "um por um e todos por nenhum";

- Grande tendência para (a)gregação (fenómeno "maria vai com as outras"; serve para decisões políticas, afectivas, clubísticas, enfim, todas as práticas e costumes);

- Tudo o que é menos frequente de se ver - o novo, o estranho, o esquisito, o estrangeiro, etc. -, (assusta, e por isso) é para desconfiar, maltratar, abater, etc.;

- Funcionam por encaixe (já se viu no item anterior que quando algo não se encaixa é logo renegado), seja em termos das aparências, que é apenas o que enxergam, seja pelas convenções e conceitos (onde se incluem os pré-conceitos), que elaboram para que tudo faça sentido. Nesse aspecto o homem é pior que o relógio que ele próprio criou, pois não consegue mesmo existir sem pensar e tentar encontrar sentidos para tudo;

- Defendem-se, atacando; perdem instantânea e frequentemente a Razão, que supostamente os distinguia de outros espécimes animais.
Peritos criadores e alimentadores de círculos viciosos, tal como este, o da Violência;

- Todos sentem culpa por algo, mesmo que não tenham a consciência pesada, ou, ainda que não professem qualquer Credo, ou, se esforcem por uma redenção e um lugarzinho no Céu;

- Dão importância a coisas insignificantes; tb passam a vida nisso, talvez porque a vida é demasiado curta (apesar de não terem, no seu decorrer, noção disso), para que ele consigam percebê-lo, distinguir o que é mesmo importante;

- A mesquinhez, a maldade gratuita, pisar os outros para chegar (supostamente) mais alto, é algo recorrente.

Os sentimentos dos humanóides são complexos, tecem teias de conectividade entre si. Como o amor e a culpa e o lugarzinho no céu e o perdão e a violência e a mesquinhez e a ignorância e a superficialidade, etc. É próprio do ser humano, ter um carácter tendencialmente mau, ao contrário do que Rousseau um dia afirmou. É que, actualmente, está muito mais visível e em evidência, por tudo o que o Homem passou,viu e que não pode esquecer, obliterar da sua existência enquanto ser colectivo, o que ele sempre teve de execrável dentro de si, e já não há como fingir, como voltar atrás, dada toda a conspurcação do Ser, um dia, naturalmente bom. Já não somos naturais, somo mega-artificiais, não só pelos/nos costumes e ditames sociais incorporizados, mas também, até mesmo, nos corpos embutidos de plásticos.

Somos animais sociais, artifícios da sociedade ultra-moderna de uma selva que sofre de barbárie tecno-material-crata. Os abutres da competitividade, pelo dinheiro-poder-status, comeram-nos a inocência do amor primordial, de querubins do éden; debicaram-nos o corpo e transformaram-nos em bestas auto-programadas, apenas carcaças de crianças que hoje em dia começam logo com o bullying, para depois passarem a roubar milhões às pessoas, a praticar genocídios, a destruir o âmago do outro sem motivo sequer; seres autómatos para a destruição , não deixando qualquer boa reminiscência possível para a existência de um Futuro.

Ass.: Por alguém que, um dia, já concordou com Rousseau.

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