Preocupa-me a proliferação destes acontecimentos e, também, a não responsabilização dos pais que os desencadeiam. Seja o stress, ou outro qualquer motivo (incompreensíveis para estes casos) , que os leva a esquecerem-se dos filhos nos carros durante várias horas, fatais, sem os deixarem nos infantários, parece-me que estão a suceder-se cada vez mais, quando deveriam era servir de alerta para não se repetirem.
Tanto no caso que houve em Portugal, como na Holanda, o pai foi absolvido. Quando ouvi a conclusão que estes casos teve, pensei que, infelizmente, poderia haver quem se aproveitasse disto e se desfizesse de um filho deste modo, saindo impune. Hoje vi no noticiário que aconteceu de novo, agora na Dinamarca.
Não ignoro que já será imenso o castigo da dor e da culpa que serão os lentos carrascos, as morosas sentenças, para o pai que esqueceu o filho no carro, mas se está previsto na lei o homicídio involuntário e estamos numa sociedade que responsabiliza as acções do indivíduo, penso que deveria reflectir sobre que mensagem estamos a enviar para os demais.
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