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terça-feira, junho 30, 2009
sábado, junho 27, 2009
Crianças esquecidas em carros pelos pais
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Preocupa-me a proliferação destes acontecimentos e, também, a não responsabilização dos pais que os desencadeiam. Seja o stress, ou outro qualquer motivo (incompreensíveis para estes casos) , que os leva a esquecerem-se dos filhos nos carros durante várias horas, fatais, sem os deixarem nos infantários, parece-me que estão a suceder-se cada vez mais, quando deveriam era servir de alerta para não se repetirem.
Tanto no caso que houve em Portugal, como na Holanda, o pai foi absolvido. Quando ouvi a conclusão que estes casos teve, pensei que, infelizmente, poderia haver quem se aproveitasse disto e se desfizesse de um filho deste modo, saindo impune. Hoje vi no noticiário que aconteceu de novo, agora na Dinamarca.
Não ignoro que já será imenso o castigo da dor e da culpa que serão os lentos carrascos, as morosas sentenças, para o pai que esqueceu o filho no carro, mas se está previsto na lei o homicídio involuntário e estamos numa sociedade que responsabiliza as acções do indivíduo, penso que deveria reflectir sobre que mensagem estamos a enviar para os demais.
sexta-feira, junho 26, 2009
quinta-feira, junho 25, 2009
segunda-feira, junho 22, 2009
Povo que é povo!
Povo que é povo, não tem blogue
Povo que é povo, mal tem acesso à net
Povo que é povo, não tem quem dialogue
Povo que é povo, põe-se em tudo em quanto se mete
Povo que é povo, nunca provou gourmet
Povo que é povo, não conhece quem escolhe
Povo que é povo, não percebe o que lê
Povo que é povo, é grevista para quem o tolhe
Povo que é povo, é perigoso ou pitoresco para quem o vê
Povo que é povo, ninguém lhe diz, gratuitamente, tome
Povo que é povo, não trata ninguém por você
Povo que é povo, alimenta quem mais o come
Povo que é povo, com restos é malabarista
Povo que é povo, quando corre é porque foge, é ladrão
Povo que é povo, é vagabundo, nunca artista
Povo que é povo, sua muito pelo seu pão
....
Povo que é povo, mal tem acesso à net
Povo que é povo, não tem quem dialogue
Povo que é povo, põe-se em tudo em quanto se mete
Povo que é povo, nunca provou gourmet
Povo que é povo, não conhece quem escolhe
Povo que é povo, não percebe o que lê
Povo que é povo, é grevista para quem o tolhe
Povo que é povo, é perigoso ou pitoresco para quem o vê
Povo que é povo, ninguém lhe diz, gratuitamente, tome
Povo que é povo, não trata ninguém por você
Povo que é povo, alimenta quem mais o come
Povo que é povo, com restos é malabarista
Povo que é povo, quando corre é porque foge, é ladrão
Povo que é povo, é vagabundo, nunca artista
Povo que é povo, sua muito pelo seu pão
....
sexta-feira, junho 19, 2009
Júlio Pomar no Centro de Arte Manuel de Brito
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De um período que comporta 60 anos de obras, surge esta exposição, que eu procurarei não perder, até porque, infelizmente, não consegui ainda visitar o prometedor espaço (Palácio dos Anjos) deste centro de arte, que honra um dos mais antigos galeristas portugueses da era moderna.
Admiro, tanto o pintor Júlio Pomar, como a personalidade que foi Manuel de Brito, e pelas reportagens que vi sobre esta exposição, onde se vislumbram várias obras diferentes, certamente valerá muito a pena.
Espero, emocionar-me, como sempre acontece, quando sou arrebatada pelo "vivo da vida" que Pomar tanto almeja para as suas pinturas.
Até princípio de Setembro no munícipio de Oeiras.
Mais infos.: Exposição
Etiquetas:
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galeria 111,
Júlio Pomar
domingo, junho 07, 2009
Porque também somos todos Manoel de Oliveira - homenagem
Um rasto de lágrimas frias arde-me no rosto (.)
de criança envelhecida, com uma centena de anos,
apenas resta a tristeza, por saber dos dias em vão,
do sol vazio e do fim.
Soçobra melancolia, pelos entes queridos,
que se foram todos, as músicas dolorosas
e o Outono em mim.
Das copas das árvores da minha infância,
gotejam todas as folhas - flocos mágicos caem do céu -,
e eu piso-as com toda a energia
com que um dia rebolei nesse jardim só meu.
Ao longe, risinhos soltos, da minha meninice,
ecoam ainda nas margens do rio.
A foz agora fúnebre que me marulha
e eu me arrepio.
São as lestas memórias, varridas pelo vento,
que estão pinceladas na ponte da cor da sombra.
É a nostalgia das histórias, tocadas por um instrumento,
que se quebrou e já não se encontra.
Bordados do pensamento, arraiolos e filigranas,
lembram que há arte em viver e morrer.
Faz parte, esse saber, do eterno aprender
que o espírito empreende nesta viagem.
Um lídimo caminho de infinitas pessoas
e incontáveis sentimentos,
do qual nos libertamos
para não mais percorrermos esses tormentos
terça-feira, junho 02, 2009
Factos conclusivos após estudo empírico sobre a maioria dos espécimes humanóides:
Ou
Manifesto anti-"o ser humano é naturalmente bom":
- Ninguém muda (muito menos a partir de certa idade);
- Só fazem o que querem; o que é bom para eles, o que lhes convém; é o reinado do egoísmo e "um por um e todos por nenhum";
- Grande tendência para (a)gregação (fenómeno "maria vai com as outras"; serve para decisões políticas, afectivas, clubísticas, enfim, todas as práticas e costumes);
- Tudo o que é menos frequente de se ver - o novo, o estranho, o esquisito, o estrangeiro, etc. -, (assusta, e por isso) é para desconfiar, maltratar, abater, etc.;
- Funcionam por encaixe (já se viu no item anterior que quando algo não se encaixa é logo renegado), seja em termos das aparências, que é apenas o que enxergam, seja pelas convenções e conceitos (onde se incluem os pré-conceitos), que elaboram para que tudo faça sentido. Nesse aspecto o homem é pior que o relógio que ele próprio criou, pois não consegue mesmo existir sem pensar e tentar encontrar sentidos para tudo;
- Defendem-se, atacando; perdem instantânea e frequentemente a Razão, que supostamente os distinguia de outros espécimes animais.
Peritos criadores e alimentadores de círculos viciosos, tal como este, o da Violência;
- Todos sentem culpa por algo, mesmo que não tenham a consciência pesada, ou, ainda que não professem qualquer Credo, ou, se esforcem por uma redenção e um lugarzinho no Céu;
- Dão importância a coisas insignificantes; tb passam a vida nisso, talvez porque a vida é demasiado curta (apesar de não terem, no seu decorrer, noção disso), para que ele consigam percebê-lo, distinguir o que é mesmo importante;
- A mesquinhez, a maldade gratuita, pisar os outros para chegar (supostamente) mais alto, é algo recorrente.
- Todos sentem culpa por algo, mesmo que não tenham a consciência pesada, ou, ainda que não professem qualquer Credo, ou, se esforcem por uma redenção e um lugarzinho no Céu;
- Dão importância a coisas insignificantes; tb passam a vida nisso, talvez porque a vida é demasiado curta (apesar de não terem, no seu decorrer, noção disso), para que ele consigam percebê-lo, distinguir o que é mesmo importante;
- A mesquinhez, a maldade gratuita, pisar os outros para chegar (supostamente) mais alto, é algo recorrente.
Os sentimentos dos humanóides são complexos, tecem teias de conectividade entre si. Como o amor e a culpa e o lugarzinho no céu e o perdão e a violência e a mesquinhez e a ignorância e a superficialidade, etc. É próprio do ser humano, ter um carácter tendencialmente mau, ao contrário do que Rousseau um dia afirmou. É que, actualmente, está muito mais visível e em evidência, por tudo o que o Homem passou,viu e que não pode esquecer, obliterar da sua existência enquanto ser colectivo, o que ele sempre teve de execrável dentro de si, e já não há como fingir, como voltar atrás, dada toda a conspurcação do Ser, um dia, naturalmente bom. Já não somos naturais, somo mega-artificiais, não só pelos/nos costumes e ditames sociais incorporizados, mas também, até mesmo, nos corpos embutidos de plásticos.
Somos animais sociais, artifícios da sociedade ultra-moderna de uma selva que sofre de barbárie tecno-material-crata. Os abutres da competitividade, pelo dinheiro-poder-status, comeram-nos a inocência do amor primordial, de querubins do éden; debicaram-nos o corpo e transformaram-nos em bestas auto-programadas, apenas carcaças de crianças que hoje em dia começam logo com o bullying, para depois passarem a roubar milhões às pessoas, a praticar genocídios, a destruir o âmago do outro sem motivo sequer; seres autómatos para a destruição , não deixando qualquer boa reminiscência possível para a existência de um Futuro.
Ass.: Por alguém que, um dia, já concordou com Rousseau.
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