
Mas de que falo eu? Esses jornais são na sua maioria, provavelmente, os gratuitos. Pasquins esses que, tão cedo, "nunca" chegarão ao Kindle.
O jornal Público, fã de inovações no âmbito da Internet, é agora o primeiro jornal português a ser disponibilizado para o formato digital do leitor Kindle, mas sem imagens, tabelas ou suplementos especiais. Com uma mensalidade de aproximadamente 10,25 euros, o jornal é entregue diariamente no Kindle, via wireless, a partir das 06:30 da manhã (horário de Lisboa).
Tudo aquilo de que eu falava anteriormente, não é preciso sequer imaginar, pois parece-me que o Kindle em Portugal não terá números significativos. Além do que, parece-me haver um erro de target: as pessoas que lêem jornais dito sérios enquadram-se numa faixa social de classe média ou alta, e de faixa etária avançada, e fazem-no no conforto a que estão habituados, com os olhos mais que habituados a ler o mundo em folhas impressas de jornal e não em janelas digitais.
O preço do leitor digital de livros, entre outros, é pouco superior aos 100 euros e na América, muito graças à promoção do mesmo no programa da Oprah, já chegou a muitas pessoas. Em Portugal, talvez os adolescentes de hoje, que não manifestam ter grandes hábitos de leitura, e cada vez mais parecem ter os olhos e o cérebro programados para verem tudo num ecrã, provavelmente serão os beneficiários do amanhã dos e-books que entretanto proliferarem no mercado a par com o crescimento das soluções digitais das editoras em Portugal.
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