sábado, abril 08, 2006

Da "Resiliência" à Inovação


A inovação geralmente tem origem numa mudança, seja ela de que natureza for. Nos tempos de velocidade, em que o conhecimento tende a ser cada vez mais perecível, a lentidão está condenada pois é inoperativa. Aos "ciclos curtos" deve-se responder com igual velocidade na adaptação que se faz ao contexto de mudança. A resiliência torna-se num imperativo, numa competência competitiva a desenvolver, não só a longo prazo para a redução do "time2market" mas essencialmente para o restabelecimento com uma aprendizagem para longo prazo.

As oportunidades de inovação numa empresa dependem em grande parte da infraestrutura tecnológica, da interacção humana e da própria cultura organizacional.
Ao explorarmos a rede de comunicação da empresa temos de ter em conta o facto de que um fluxo formal de informação limita a oportunidade de criação, pois este tende a ser imprevisível e espontâneo, sendo difícil de gerir. Para a gestão de conhecimento é fulcral que haja técnicas diferenciadoras baseadas numa adequada rede de sistemas de informação (com as suas ferramentas: Intranets,ERPs,entre outros).

Os inputs constantes e ubiquos que afectam transversalmente toda a Sociedade, numa Era em que "o stress é rei" como nunca antes havia sido, existem novos valores que são concretizados pela nova configuração social. No contexto de "Buyer's Market" que caracteriza o mercado actual, o consumidor tem muito mais poder negocial e exige que haja variedade customizada.
No entanto, se 70% dos gestores admitem que a excessiva complexidade aumenta os custos, diminuindo os lucros, há que ter em atenção quando se adiciona variedade à produção inicial.

Dado os benefícios da inovação, pode então haver a tentação de criar em grandes quantidades (o tal "excesso de criatividade").
Isto incorre num risco: a “Táctica do mais-é-melhor” pode levar ao prejuízo, pois o excesso de informação dado o aumento de complexidade, como sabemos, leva à desinformação e a um aumento de custos.
Para combater essa complexidade prejudicial, as empresas têm de identificar o "innovation fulcrum", ou seja, o ponto em que o nível de inovação de um produto equivale à maximização de lucros e redução de custos.

1 comentário:

Carla Ganito disse...

Excelente Post. Bem redigido e bem fundamentado.