sábado, março 25, 2006

"Pode ser-se demasiado criativo??"


Penso que o adjectivo "demasiado" não pode ser aplicado à criatividade em si, pois esta não pode ser quantificada.
Pode, no entanto, ser aplicado ao "criativo", ou seja, à pessoa que "cria", tanto no sentido de criar "demasiado bem", como no de conseguir criar em "demasia".

Das pessoas espera-se que tenham muita ou pouca criatividade, mas há aqueles que têm uma actividade criativa que supera largamente a média, casos como Leonardo da Vinci. Não pelas coisas fantásticas que criou, (pois outros também criaram coisas ditas fantásticas) mas pela sua quantidade, pela permanente actividade do seu génio criativo que era ainda multidisciplinar. (criativo=produtivo)
Eu não quantifico a criatividade do objecto pelo simples facto de que aquilo que para uns é bom e estupendo, para outros pode ser banal, muito óbvio ou simplesmente lógico.

Devo referir que, a nível empresarial, de facto existe o risco de o excesso de criatividade (produtividade) levar a um desequilíbrio financeiro.

Concluindo, a meu ver, não se pode quantificar a criatividade do objecto criado mas sim a do seu criador.

“E tenho dito!”, para acabar com o dilúvio criativo dos posts anteriores (aka testamentos lol); nem me vou alongar mais aplicando isto a casos de criatividade digital :)

2 comentários:

Carla Ganito disse...

Não percebo bem o sentido do "tanto no sentido de criar "demasiado bem", como no de conseguir criar em "demasia".". Refere a questão empresarial mas não dá exemplos concretos.

Sónia Costa Campos disse...

Professora,
o que quis dizer foi: "criar demasiado bem" = ser muito criativo no que produz; "criar em demasia" = criar em muita quantidade.

Por ter feito o post antes de haver indicação do texto, acrescentei mais referencias sobre a questão empresarial no post seguinte, o "Da Resiliência à Inovação".
Obrigada pelo feedback! :)