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terça-feira, novembro 04, 2008
Vêm aí os leitores digitais de livros: Kindle, Sony Reader, iPhone.
Chegaram e estão a começar uma revolução na leitura de livros: os leitores digitais não ferem a vista como os computadores normais, utilizando uma tecnologia de tinta virtual para os livros e permitindo a mudança do tamanho da fonte, também não descuram a possibilidade de escrever notas e marcar as páginas (através de bookmarks) como faríamos num livro tradicional.
Há que salientar a poupança de papel, mas advertir as editoras de livros para esta nova realidade que a pouco e pouco se instala nos EUA. Alegando razões ambientais a própria apresentadora de televisão americana Oprah, iniciou no seu programa uma campanha publicitária dando descontos aos telespectadores que comprem o leitor digital de livros da Amazon, o Kindle. As estatísticas evidenciam que o iPhone, multifuncional, ultrapassou o leitor especializado da Amazon.
Livros que antes não transportávamos connosco para lermos enquanto viajávamos, por serem demasiado volumosos, podemos agora fazê-lo, sempre com o mesmo tamanho do suporte. Prevê-se, pelo facto das gerações mais novas serem adeptas fervorosas da tecnologia virtual, que esta nova forma de leitura terá o seu boom nos próximos anos com esta nova era de utilizadores/leitores.
"Se o leitor de textos digitais permitir algum uso de hipertexto (não exactamente como um navegador de internet, mas pelo menos algum uso contextual de notas), os escritores poderiam explorar de forma mais inteligente as notas de rodapé e pequenos textos complementares.
As próprias notas de rodapé não precisariam estar no rodapé ou indexadas numericamente no final do livro, (o que pode ser incomodativo, porque interrompe a leitura, em vez de permitir que se leia o rodapé e continue no ritmo), poderiam estar clicáveis, abrindo uma caixa para se ler e depois continuar de onde se parou.
Tudo isso para dizer que a plataforma de leitura muda a forma de «usar» o livro, mas não muda a natureza do livro em si, nem a sua importância na sociedade. Adeptos da tecnologia ou não, estes e-book readers vão continuar a crescer e a ficar mais baratos a cada ano.
A nova plataforma também abre novas oportunidades para os arquitectos da informação, que podem planear livros mais interessantes, aproveitando os recursos que a nova plataforma oferece. A versão impressa tem toda informação que a digital tem, mas a forma de navegar pela informação é diferente. Cada um escolhe como quer ler, no papel tradicional, ou no papel digital."
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