da minha primeira visita à Sociedade Portuguesa de Autores, enquanto recém-licenciada, devo dizer que foi uma desilusão, uma perda de tempo, um contributo para a minha desesperança, leia-se mesmo pessimismo, em relação ao panorama, dito cultural, português. Contam-se pelos dedos de uma só mão (a hedonista provavelmente lol), as pessoas que de facto se insurgem contra a palhaçada das "panelinhas" mais o dito "factor C", de cunha, portanto.
este debate a que assisti não mostrou, para o dinheiro que a máquina SPA gera e requere dos seus tão anunciados protegidos escritores, qualquer cuidado de organização e mínimo de metodologia para um bom funcionamento.
não faltaram, no entanto, as palmadinhas nas costas... que mais tarde ilustrarei aqui neste post, com uma foto.. :)
vejam, no entanto, extractos em vídeo, de um professor(Rogério Santos,coincidentemente,da UCP) na considerada vanguarda das tecnologias ao dispor dos internautas, os blogs.."industrias-culturais.blogspot.com" :
"10.10.06
COM TODAS AS LETRAS - LIVROS, AUTORES E EDITORES EM DEBATE
Começou ontem a série de debates com aquele título, organizada pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) e a revista mensal Os Meus Livros. O tema da sessão de ontem era Novos autores: escrever, publicar e vencer. Moderados por João Morales, director de Os Meus Livros, estiveram na mesa José Luís Peixoto, Filipa Melo, Rui Herbon e Sofia Monteiro, todos nascidos na década de 1970, sendo os três primeiros autores e a última editora.
Tirei algumas notas. Assim, José Luís Peixoto, para quem escrever é um prazer de partilhar, contou o modo como escreveu e publicou o seu primeiro livro, Morreste-me. Narrativa acerca da morte do seu próprio pai, a primeira edição foi de autor, tendo sido depois publicado por uma editora. Já Filipa Melo, dedicada à área de cultura há mais de 15 anos, tendo passado nomeadamente como editora do Público, centrou-se na aventura da escrita do seu primeiro livro, após contrato com a sua editora. A jornalista e escritora, que enfatizou muito a questão do contrato, a relação entre autor e editor, destacou ainda aquilo que mudou nas últimas duas décadas em Portugal: a feira do livro de Frankfurt, que permitiu visibilidade para as editoras nacionais; a atribuição do prémio Nobel a Saramago; a aproximação do mercado português aos padrões europeus; a mediação entre editor e autor estar a crescer como facto da democratização da leitura. Um ponto em que Portugal precisa ainda de avançar é o dos agentes literários, ponte entre autores e editores que trabalha o livro e o promove.
Por seu lado, Rui Herbon falou da sua experiência como autor editado pela primeira vez, após ter ganho o Prémio Eixo Atlântico da Narrativa Galega, e Sofia Monteiro da sua actividade como editora da Esfera dos Livros."
And Best for last: RESTA-ME DIZER-VOS QUE VEJAM UM POUCO DO QUE O PROMISSOR, GENIAL ESCRITOR, RUI HERBON, AUTOR DE "VOAR COMO OS PÁSSAROS, CHORAR COMO AS NUVENS" E "ABSINTO - A INÚTIL DEAMBULAÇÃO DA ESCRITA"; DOS QUE NÃO ENTRAM EM "PANELINHAS" E NO SISTEMA DO "FACTOR CUNHA", DISSE NESTE DEBATE: vídeo (baixa resolução)...